quinta-feira, 4 de novembro de 2010


NOVOS TEMPOS, NOVOS PROFISSIONAIS


         A globalização, a velocidade da transmissão de informações e as constantes e
significativas evoluções tecnológicas ocorridas nas últimas décadas transformaram,
efetivamente, a vida dos profissionais contábeis no Brasil e no mundo.

         Muitos já se perguntaram se essa nova era tecnológica extinguiria a função dos
contabilistas. Na verdade, a informática e tantas outras inovações que surgem a cada dia
só vem somar às nossas atividades e contribuir para que possamos nos dedicar
realmente ao que interessa: utilizar a Ciência Contábil para o bem das empresas e do
desenvolvimento do País.

         Certamente os chamados darfistas, aqueles que apenas preenchem papéis, estão
fadados à extinção. Mas isso também é um fato positivo, pois o mercado não precisa
desses profissionais, se é que podemos chamá-los assim. Nesse novo contexto, sairão de
cena os contabilistas que apenas executam tarefas e se consolidarão os consultores
contábeis, os gestores de informações. Só sobreviverão no mercado de trabalho os
realmente sérios e comprometidos com a excelência da profissão que abraçaram.

         Com o auxílio da informática, da internet, dos softwares inteligentes, e tantos
adventos tecnológicos, os profissionais contábeis terão mais tempo de traduzir os
números contábeis e transformá-los em informações estratégicas, claras, concisas e
determinantes para a tomada de decisões nas empresas. E como detentores dessas tão
valiosas informações, são peças-chave para o sucesso desses empreendimentos.

         O universo contábil está em mutação com os sistemas integrados de
contabilidade, a nota fiscal eletrônica, o SPED – Sistema Brasileiro de Escrituração Digital
– que padronizará informações, unificará guias em âmbitos estaduais e federal e
transportará os livros contábeis para meios magnéticos.

NA ERA DO CONHECIMENTO, OS PROFISSIONAIS QUE NÃO
DOMINAREM ESSAS NOVIDADES SERÃO ELIMINADOS DO MERCADO DE
TRABALHO, QUE PRIMA POR AQUELES COM FORMAÇÃO CULTURAL
HUMANÍSTICA ABRANGENTE, CRIATIVOS, QUESTIONADORES E CRÍTICOS.
AQUELES QUE NÃO SÃO ASSIM, OU DEIXARÃO DE EXERCER SUAS
FUNÇÕES, OU DEVERÃO PROCURAR O CAMINHO DO CONHECIMENTO, DA
EDUCAÇÃO CONTINUADA, PARA TOMAR NOVO FÔLEGO PROFISSIONAL.

         Outra realidade advinda das transformações tecnológicas é a modernização dos
órgãos fiscalizadores, que têm empregado modernas ferramentas com o intuito de ampliar
seus controles sobre as atividades econômicas, fechando, assim, o cerco aos
contribuintes e identificando evidências de sonegação de tributos. Regularmente, criam
novas declarações ou demonstrativos com o claro objetivo de fazer o cruzamento de
informações. Nesse intuito foram criadas a Dacon, a Dimob, a Decred, e tantas outras
obrigações.

         Como se vê, o papel do profissional contábil está ficando cada vez maior, e a sua
responsabilidade também. Ele deve estar atento a todas essas mudanças e,
principalmente, preservar a ética e o comprometimento. Um profissional investiga, analisa
dados para oferecer a melhor opção aos seus clientes. Tomemos como exemplo o
Supersimples.

NÃO SE PODE ENTRAR NA “ONDA” DO MODISMO E OPTAR PELO REGIME,
SEM MANTER UMA CONTABILIDADE BEM ESTRUTURADA. ALÉM DISSO, AO
RECOMENDAR A ADESÃO AO SISTEMA SIMPLIFICADO E NÃO ESTUDAR A
REAL SITUAÇÃO ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE, NO FUTURO, ESSE
CONTABILISTA PODE SER CONSIDERADO CÚMPLICE DE CRIMES FISCAIS,
PODENDO ATÉ RESPONDER COM SEU PATRIMÔNIO E BENS PESSOAIS, DE
ACORDO COM O NOVO CÓDIGO CIVIL.

         Como empresário contábil, posso dizer que nossa profissão é gratificante e
indispensável para o País. Entretanto, aquele que opta por ela deve ter a consciência de
suas responsabilidades, que são muitas. Ficam então, conselhos a todos os profissionais:
a busca por novos conhecimentos, novas tecnologias, aperfeiçoamento e atualização
constantes são questões de sobrevivência no mercado. Somado a isso, é preciso manter
princípios fundamentais, como a ética, o respeito e a responsabilidade – um compromisso
consigo, com seus clientes e com a Nação.

José Maria Chapina Alcazar
Presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP


Thays Lima   - Maria José

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